Qual o melhor livro de Arte? Não há uma resposta definitiva – depende da intenção do leitor. Assim, separamos aqui os livros em três categorias: livros introdutórios, para iniciantes; obras para aqueles que querem se aprofundar na História da Arte – ou na biografia dos artistas; e, por fim, livros que não visam resumir toda a História da Arte, mas sim contar bons “causos” sobre os artistas.
LIVROS DE ARTE PARA INICIANTES
‘O LIVRO DA ARTE’, vários autores
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Com quase 350 páginas, “O livro da Arte” não se prende à Arte Ocidental e nem apenas à Pintura. Cada capítulo tem duas ou quatro páginas e é muito ilustrado – e pode ser lido de forma independente dos demais. Assim, trata-se de uma leitura que, apesar de relativamente fácil, é suficiente informativa. Livro indicado para quem quer realmente começar a entender a Arte como um todo, fugindo do tradicional esquema que fala apenas sobre a Pintura Ocidental.
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Para conhecer melhor a obra: “O LIVRO DA ARTE”, Globo Livros.
‘501 GRANDES ARTISTAS’, vários autores
![livro 510 grandes artistas](https://ahistoriadaarte.com.br/wp-content/uploads/501-grandes-artistas.jpg)
Embora o título do livro seja “501 grandes artistas”, a verdade é que a obra analisa basicamente pintores. No trabalho de mais de 600 páginas, algumas biografias ocupam duas páginas, outras uma e algumas páginas são divididas em dois verbetes. Organizado por ordem cronológica de nascimento dos artistas, isto permite que percebamos de relance como os estilos da Pintura foram evoluindo. É uma obra de consulta rápida. Pelo preço bastante acessível, é um livro para se ter na estante.
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Para saber mais sobre o livro: “501 GRANDES ARTISTAS”.
LIVROS DE ARTE AVANÇADOS
‘HISTÓRIA DA ARTE’, de E. H. GOMBRICH
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“A História da Arte”, de Ernst Hans Gombrich, é um clássico. Livro publicado ainda na década de 1950, passou por várias revisões, até próximo à morte do autor, sendo a última edição lançada no fim do século passado – o que deixa o livro ainda atual. O livro é uma “história” – isto é, um capítulo se encadeia ao outro e o recomendável, portanto, a leitura do começo ao fim. A leitura, assim, não é das mais leves. Entretanto, também não é difícil e se alguém de seja começar a entender de fato a História da Arte Ocidental, o livro é este.
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Crítica sobre o livro: “A HISTÓRIA DA ARTE” – E. H. Gombrich.
‘UMA NOVA HISTÓRIA DA ARTE’, de Julian Bell
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O autor quer ser politicamente correto. Assim, adere ao multiculturalismo, narrando o desenvolvimento da Arte não apenas no Ocidente, mas também na Ásia, na África etc. Para quem deseja esta visão panorâmica, é um livro muito bom. Entretanto, tentando abarcar tudo, certos voos acabam sendo superficiais. E aparentemente o livro não está mais sendo impresso e mesmo o usado custa cerca de 400 reais! Assim, melhor seria, para quem deseja ir um pouco além da Arte Ocidental, “O livro da Arte”, da Globo Livros, bem mais barato.
LIVROS DE HISTÓRIAS DA ARTE E DOS ARTISTAS
‘VIDAS DOS ARTISTAS’, de GIORGIO VASARI
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“Vidas dos artistas” não é um livro para qualquer um. Embora o título atraia qualquer um que como nós adoramos as “fofocas” biográficas dos artistas, o livro foi escrito no século 16! Ou seja, fala de artistas de um passado distante, apenas. Embora muitos dos biografados sejam ainda muito importantes, outros já fazem parte do rodapé dos livros de História da Arte. Um livro recomendado, portanto, para quem se interessa por um período específico da História da Arte, que vai do fim da Idade Média até o Renascimento.
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Para mais informações sobre o livro: “VIDAS DOS ARTISTAS” – Giorgio Vasari.
‘UM VAN GOGH NO GALINHEIRO’, de Maureen Marozeau
![Um Van Gogh no galinheiro - Maureen Marozeau](https://ahistoriadaarte.com.br/wp-content/uploads/Um-Van-Gogh-no-galinheiro-701x1024.jpg)
“Um Van Gogh no galinheiro – e outras incríveis aventuras de obras-primas da Arte” é um livro perfeito para aqueles que gostam de histórias bem contadas. Em cerca de 300 páginas, a autora nos contará, entre várias outras histórias, peripécias como o roubo da Mona Lisa, as dúvidas sobre a autenticidade do Busto de Nefertiti, o drama que gerou “Guernica”, de Picasso, e a história indecorosa da obra de Arte mais escandalosa de todos os tempos, “A origem do mundo”, de Gustave Coubert.
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Para saber mais sobre o livro: ‘UM VAN GOGH NO GALINHEIRO’ – Maureen Marozeau.
‘A ARTE DA RIVALIDADE’, de Sebastian Smee
![A arte da rivalidade - Sebastian Smee](https://ahistoriadaarte.com.br/wp-content/uploads/A-arte-da-rivalidade-Sebastian-Smee-712x1024.jpg)
” A Arte da rivalidade”, de Sebastian Smee, é um excelente livro para quem adora os “causos” da Arte, para quem quer verdadeiramente conhecer mais a fundo a personalidade de uma artista. O autor analisa quatro rivalidades artísticas famosas, como Édouard Manet versus Edgar Degas ou Henri Matisse versus Pablo Picasso. Livro muito bem escrito, cheio de histórias curiosas (muitas delas desconhecidas do grande público), fácil de ler – e, ainda assim, bastante aprofundado na análise psicológica dos artistas analisados. Indispensável!
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Nossa resenha sobre o livro: “A ARTE DA RIVALIDADE – Sebastian Smee”.
A DAMA DOURADA, de Anne-Marie O’Connor
![livro A dama dourada](https://ahistoriadaarte.com.br/wp-content/uploads/A-dama-dourada-680x1024.jpg)
“A dama dourada – ‘Retrato de Adele Bloch-Bauer’ – A extraordinária história da obra-prima de Gustav Klimt”, de Anne-Marie O’Connor, conta uma história verídica. A pintura de Gustav Klimt foi roubada pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. Décadas depois, uma sobrinha da modelo do quadro (que talvez fosse amante do artista) entra na Justiça contra o Estado austríaco buscando reaver a posse da pintura para sua família. O livro foi transformado em um filme de mesmo nome: para ver seu trailer e onde assistir gratuitamente: “A DAMA DOURADA (FILME).
Saiba mais sobre o artista: GUSTAV KLIMT. O pintor é autor de “O beijo”, uma das obras de Arte mais famosas da História. Para ver esta, a obra roubada e outras pinturas (que causaram escândalo na Viena do início do século 20): OBRAS DE GUSTAV KLIMT.
O CHAPÉU DE VERMEER
Fãs do pintor holandês Johannes Vermeer, não se enganem pelo título! O livro de Timothy Brook, “O chapéu de Vermeer” não é exatamente sobre o artista! É um livro de História Geral – mais especificamente, sobre a História Holandesa do século 17.
Fãs de Vermeer, não se decepcionem. O livro de Timothy Brook, “O chapéu de Vermeer”, apesar de ser um livro sobre um período específico da História Holandesa, é muito sobre o pintor!
O autor parte de algumas obras de Johannes Vermeer, de alguns detalhes delas, para analisar como o comércio internacional estava mudando o mundo – e como o novo mundo, em choque de culturas, aparece nas obras do holandês – afinal, a Holanda era um dos pontos de convergência desta extensa rede comercial mundial.
EU FUI VERMEER
A história contada em “Eu fui Vermeer”, livro de Frank Wynne, é tão louca que parece mentira – porém é verdadeira e bem documentada.
Han van Meegeren era um pintor holandês frustrado que, na primeira metade do século 20, com muita dedicação, conseguiu produzir quadros que todos acreditavam ser de Johannes Vermeer – este, sim, um pintor holandês muito famoso, que viveu no século 17 – e cujas obras valiam muito dinheiro.
Han Van Meegeren não copiou quadros de Vermeer já existentes. Ele inventou novos Vermeer! Quadros que o pintor famoso poderia ter pintado.
Para isto, Han Van Meegeren estudou não apenas o estilo de Vermeer, mas também como envelhecer adequadamente as pinturas para que parecessem ter sido produzidas há três séculos!
E, assim, Han Van Meegeren conseguiu enganar a todos os especialistas, que se mostravam maravilhados a cada novo quadro de “Vermeer” que era descoberto, por “acidente”. E Han Van Meegeren ganhou muito dinheiro com isto – dezenas de milhões de dólares!
Veio a Segunda Guerra Mundial, e a Holanda foi ocupada pela Alemanha. Isto nada mudou nos planos de Han Van Meegeren – ele continuou a fabricar os “Vermeer”, agora para os nazistas…
Quando a Guerra acabou é que a situação se complicou para Han Van Meegeren, que foi acusado de traição, por ter vendido quadros holandeses, patrimônio nacional, para os invasores!
Para escapar de uma grave punição, Han Van Meegeren confessou que havia falsificado os “Vermeer”. Mas não acreditaram nele! Então Han Van Meegeren, em pleno julgamento, foi desafiado a produzir um novo “Vermeer”!
Ele explicou que isto levaria meses, que havia todo um trabalho para conseguir produzir um “verdadeiramente falso” Vermeer. Sem problemas, disse o juiz.
Não contaremos aqui o desfecho da história. O que você precisa saber é que “Eu fui Vermeer” é muito bem escrito, a história em si é fantástica e que… os quadros de Han Van Meegeren, isto é, os falso Vermeer, hoje valem uma bela nota!
[Há outros dois livros que contam a mesma história, porém não foram traduzido para o português: “The man who made Vermeers” (“O homem que pintou Vermeers”, em tradução livre) (link), de Jonathan Lopez, e “The forger’s spell” (“O feitiço do falsificador”), de Edward Dolnick (link).]
OUTROS LIVROS
O PODER DA ARTE – Simon Schama
TRILOGIA PARIS: PARIS BOÊMIA, PARIS LIBERTÁRIA, PARIS OCUPADA – Dan Franck