“Vidas dos artistas”, de Giorgio Vasari, é um clássico. Um livro lançado em 1550 e ainda editado não pode ser classificado de outra maneira.
![Vida dos artistas - Giorgio Vasari](https://ahistoriadaarte.com.br/wp-content/uploads/Vida-dos-artistas-Giorgio-Vasari-727x1024.jpg)
E é possível que a obra venha a ser relançada eternamente. Afinal, é o único livro ainda publicado que narra de forma consistente o “parto” do Renascimento (palavra que, por sinal, Giorgio Vasari ajudou a consagrar).
Giorgio Vasari não foi apenas escritor, mas também artista. Porém suas obras não trouxeram nada de muito extraordinário e seu nome seria esquecido hoje se ele não houvesse resolvido escrever sobre seus colegas e antecessores.
O livro não é o mais fácil do mundo: tem mais de 800 páginas! (E quem gosta de ler reclamará de um livro ser grosso?)
Até mesmo o título original do livro é grandioso: “Vidas dos mais excelentes arquitetos, pintores e escultores italianos, de Cimabue até nossos dias”. Na verdade, o único artista que aparece no livro que ainda estava vivo quando a obra foi lançada era Michelangelo.
A segunda versão de “Vidas dos artistas”, lançada em 1568, era ainda mais grossa, adicionando verbetes marginais, menos importantes. A versão brasileira é tradução da obra original.
Exaltado também era o tom elogioso que Giorgio Vasari dispensa a alguns colegas, em “Vidas dos artistas”. Em outros momentos, certas histórias contadas são anedóticas ou lendas que, posteriormente, seriam desmentidas – ou colocadas sob alta suspeita, como Leonardo da Vinci mantendo comediantes no ateliê para que Mona Lisa sorrisse… Não importa: se não fosse o livro de Giorgio Vasari, a História da Arte Ocidental estaria grandemente mutilada.
“Vidas dos artistas” é, do ponto de vista prático, uma coleção de biografias breves ao lado de ensaios teóricos. Na aventura iniciada com Cimabue, o autor irá encontrar dois heróis: Rafael e Michelangelo. O segundo ele não chama de nada menos do que “divino”. Do primeiro ele cita, por exemplo, as “pinceladas de carne”, na obra “Sagrada Família”. Exagerado? Talvez. Talvez não…
Também é hoje vista como muito esquemática a evolução que ele propõe para a Pintura, em três fases distintas, de Cimabue ao Renascimento, como se fosse linear, como se fosse quase inevitável. Novamente, não importa. Novamente: se não fosse Giorgio Vasari e seu “Vidas dos artistas”, talvez não houvesse História da Arte Ocidental. Assim, sua obra é tão importante quanto os quadros mais importantes da época – de Cimabue a Michelangelo.
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